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FLORES

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FICA SEMPRE UM POUCO DE PERFUME NAS MÃO QUE OFERECEM ROSAS

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

IMAGEM DE PAI

Existe um homem que se esmera no cumprimento do dever para dar bom exemplo. Quando precisa chorar, o faz à distância, a fim de não ser visto, nem preocupar os que o cercam. Mesmo porque, por vezes, são eles mesmos a causa das suas lágrimas doridas.
Esse homem quase sempre é chamado de desatualizado, embora esteja sempre pronto para ofertar uma palavra orientadora ou relatar fatos felizes que podem ser imitados.
Poderia se exaltar muitas vezes, mas não o faz, preferindo a serenidade para melhor ensinar.
Em certas oportunidades, passa noites maldormidas a pensar na melhor maneira de transmitir ensinamentos aos que são sua responsabilidade.
Fisicamente passa distante o dia inteiro. O seu é o objetivo de um futuro melhor para os que tem sob a sua guarda. Mesmo extremamente cansado, arranja forças para distribuir confiança.
Humano e sensível tem capacidade de chegar às lágrimas de emoção ao perceber o triunfo daqueles que ama. Emociona-se e se orgulha dos feitos dos seus amados.
Quando retorna ao lar, ao final da jornada, distribui carinho, dá do seu tempo, mesmo que não receba na mesma intensidade. Sem cobranças. Sem exigências.
Quando deixa de existir na Terra, toma dimensões imensuráveis e passa a ter um grande valor.
Falamos a respeito do melhor amigo, o pai. Normalmente, quando crianças, acreditamos que o pai é aquela criatura que tudo sabe. Ele é o maioral, tudo pode.
Quando aportamos à adolescência, nossa opinião se modifica e principiamos a cogitar de que nosso pai se engana em quase tudo o que diz.
Quando chegamos à juventude e enfrentamos o mercado de trabalho, acreditando-nos semideuses, o nosso conceito é de que nosso pai está bastante atrasado em suas teorias. Meio desatualizado, ultrapassado.
Mais alguns anos e a nossa é a certeza de que ele não sabe nada mesmo. Iludidos pelo sucesso aparente dizemos que, com a nossa experiência, nosso pai poderia se tornar um milionário.
Basta, contudo, que a madureza nos alcance para principiarmos a pensar um pouco diferente. Passamos à posição de que, talvez, ele pudesse nos aconselhar. Afinal, ele tinha ideias notáveis, nem sempre bem aproveitadas, é certo.
É a hora em que gostaríamos muito de ter nosso pai ao lado para nos falar da sua sabedoria. É o momento que lamentamos, muitos de nós, que ele já não esteja na Terra e lastimamos a sua ausência física.
*   *   *
Quase sempre passamos a apreciar o valor das coisas e dos conceitos de tudo quanto nos cerca, na medida dos conhecimentos e valores que tenhamos já sedimentado no íntimo.
Não há dúvida de que nos pouparemos de muitos dissabores e riscos se soubermos dar mais atenção ao que nos dizem as pessoas mais experientes.
Será bastante inteligente de nossa parte se soubermos nos servir daqueles que já passaram pelos caminhos que pretendemos trilhar. E, em se tratando dos pais, uma certeza a mais podemos guardar: a de que são nossos melhores amigos.

Redação do Momento Espírita, com base no texto
O que o filho pensa do pai, de autoria desconhecida, 
do texto Imagem de pai, de Mário Ottobont e do texto
A sabedoria dos mais velhos, de autoria desconhecida
Em 06.08.2010.

VOLTAR OS OLHOS PARA A LUZ

Narra-se que uma das cunhadas do médium mineiro Francisco Cândido Xavier teve um filho com sérias dificuldades físicas e mentais.
Braços e pernas atrofiados. Os olhos, cobertos por uma espessa névoa, mantinham-no mergulhado na mais completa escuridão.
Inspirava medo às pessoas que o viam. Era tão deformado que a mãe, ao vê-lo, teve um choque e foi internada num hospital psiquiátrico.
Chico ficou sozinho com o sobrinho.
Cuidar dele não era fácil. Medicá-lo, banhá-lo e aplicar-lhe um clister diariamente.
O menino não deglutia e, para alimentá-lo, Chico tinha que formar uma pequena bola com a comida, colocar em sua garganta e empurrar com o dedo.
Isto, durante onze anos, aproximadamente.
Quando o sobrinho piorava, Chico orava muito por ele. Já o amava como um filho.
Um dia, porém, o Espírito de Emmanuel lhe disse:
Ele só vai desencarnar quando o pulmão começar a desenvolver e não encontrar espaço. Aí, então, qualquer resfriado pode se transformar numa pneumonia e ele partirá.
Quando estava próximo dos doze anos, foi acometido de uma forte gripe e começou a definhar.
Na hora da desencarnação, seus olhos voltaram a enxergar. Ele olhou para Chico e procurou traduzir toda a sua gratidão naquele olhar.
Emmanuel, presente e emocionado como Chico, explicou:
Graças a Deus. É a primeira vez, depois de cento e cinquenta anos, que seus olhos voltam para a luz. As suas dívidas do passado foram aniquiladas. Louvado seja Jesus.
Chico Xavier sempre teve seus olhos voltados para a luz, e este é mais um dos inúmeros exemplos disso.
O sobrinho, necessitado de acerto com as Leis maiores, encontrou no amor do tio o estímulo necessário para deixar as trevas.
*   *   *
Enquanto não acertamos as dívidas do passado, enquanto não cumprimos os compromissos assumidos até o fim, não conseguimos nos libertar da escuridão.
A expiação é mecanismo infalível da Lei Divina.
Diz-nos ela que cada um de nós é responsável pelos equívocos realizados, nesta ou noutra existência, e que sempre assumimos o compromisso de resgate perante a vida.
Assim é que as vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro.
Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar.
Para voltar os olhos para a luz, novamente, faz-se necessário o arrependimento sincero, o aprendizado e o resgate.
É assim que a Justiça Divina opera, dando a cada um o que é seu, de acordo com sua necessidade.
Voltar os olhos para a luz é desprender-se, através do amor ou da dor, do passado de desvarios ao qual muitos ainda estamos aprisionados.
É tempo de caminhar com passos seguros, mirando-se na caridade-doação de um Chico Xavier, que mostra o caminho do amor para o encontro com a luminosidade que espera todos nós.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Dívida e resgate,
 do livro Chico, de Francisco, de Adelino da Silveira, ed.
 Ceu e no item 399 de O livro dos Espíritos
de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 05.08.2010.

O MENESTREL DE DEUS

Ele era um jovem nascido em Assis. Na sua mocidade, era alegre, apreciava cantar e sair com amigos.
Pensava em se tornar um cavaleiro, defensor de pobres e oprimidos.
Partiu para uma batalha, foi feito prisioneiro e retornou ao lar quase um ano depois, enfermo.
Nunca mais foi o mesmo. Dentro de si sentia que tinha algo muito importante a realizar na Terra.
Então, ouviu uma voz que o convidava a agir. Francisco de Assis atendeu o convite e causou grande revolução no pensamento religioso da época.
Ele se dizia o menestrel de Deus. Amava a música e compunha canções. Fazia um arco de viola imaginário com um graveto e cantava para seus amigos, enquanto andava pelas estradas.
Embora não tenhamos registro da melodia, os versos de algumas dessas composições emocionam até hoje.
Um dos grandes hinos que ele deixou brotar de sua inspiração é uma canção adiantada vários séculos em relação ao seu tempo. Uma canção de sensibilidade e, podemos acrescentar, também ecológica.
Francisco dizia que a criação de Deus não era somente bela, mas também era boa. Era boa porque retratava a bondade do Criador.
Francisco reconhecia tudo o que havia na criação como irmã, irmão e amigo seu.
Ele amava o sol, a lua e as estrelas, o vento, o ar, a água, o fogo. Todo ser vivo, tudo que brotava da terra.
Mesmo quando a cegueira lhe apagou a luz dos olhos, ele continuou a compor. As cores das flores eram somente lembranças, mas ele as louvava em cânticos.
Para Francisco, a fraternidade ia além das pessoas. Tudo, dizia ele, vem de Deus, está ligado a Deus e encontra seu sentido em Deus.
A canção Louvação a Deus foi composta após uma noite exaustiva de muitas dores físicas. É o primeiro exemplo de poesia em italiano vernáculo.
Altíssimo, Todo Poderoso, bom Deus, a Ti o louvor,
A glória e a honra e todas as bênçãos.
A Ti somente, Altíssimo, elas pertencem
E homem algum é digno de mencionar Teu nome.
Sê louvado, Senhor, com as Tuas criaturas,
Especialmente o senhor irmão sol
Que é o dia e por meio do qual nos dás a luz.
E ele é belo e radioso com grande esplendor
E feito à Tua semelhança, Altíssimo.
Sê louvado, Senhor, pela irmã lua e as estrelas
No céu as formaste, claras, preciosas e belas.
Sê louvado, Senhor, pelo irmão vento, e pelo ar nublado e sereno
E todos os tipos de clima por meio dos quais dás sustento a Tuas criaturas.
Sê louvado, Senhor, pela irmã água,
Que é muito útil e humilde, preciosa e pura.
Sê louvado, Senhor, pelo irmão fogo, por meio do qual iluminas a noite
E ele é belo e alegre
Sê louvado, Senhor, por nossa irmã, a mãe Terra que nos sustenta e governa e que produz variados frutos, com flores e ervas coloridas.

O jovem e romântico trovador se tornara o menestrel de Deus.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. Quinze 
(1225-1226), do livro Francisco de Assis, o santo 
relutante, de Donaldo Spoto, ed. Objetiva.
Em 04.08.2010.

DEVOÇÃO FILIAL

Existem exemplos, ao longo da História, que falam do amor e da extrema dedicação filial.
Recordamo-nos de uma lenda romana dos tempos finais da República. Muitas foram as perseguições injustas a velhos servidores daquele regime. Afinal, o Império estava por surgir.
Os governantes de Roma chegaram a decretar que velhos servidores da República fossem banidos da cidade.
Entre esses, havia um velho doente. Ora, ele adoecera simplesmente servindo a Roma, que tanto amava.
Por isso mesmo decidiu, apesar da insistência do filho, que não sairia da cidade.
Velho estava, pensou. E doente. Se deveria aguardar a morte, por que fazê-lo distante das terras que tanto amava e que servira, com total dedicação? Preferiria morrer em sua própria cama.
Chegou finalmente a noite do último dia que lhe era permitido ficar. Se fosse apanhado dentro dos muros de Roma, após o prazo, seria morto.
O filho tornou a insistir para que o pai se salvasse.
Sei que você nem consegue andar, meu pai. Mas eu o carregarei. Deixe-me cuidar de você. Reunirei todas as minhas forças para levá-lo para fora da cidade.
Tanto insistiu que o pai acabou por ceder. O rapaz carregou a preciosa carga às costas e seguiu pelas ruas de Roma.
A multidão se apinhava para ver a incrível cena e, ante os esforços do filho, aplaudia, incentivando-o.
Os poderosos simplesmente olhavam. De certa forma, se comoveram e decidiram não interferir.
Aproximava-se a hora em que o velho seria morto se fosse encontrado dentro dos muros da cidade e era ainda grande a distância que separava os dois do portão.
As forças estavam quase no fim. O rapaz se curvava ante o peso do fardo. Mesmo assim avançava, devagar, lento. E a multidão aplaudia.
Conseguiu sair da cidade nos últimos instantes do prazo. Porém, o velho cônsul ainda não estava a salvo. Era preciso deixar as terras romanas.
Encobertos pelas sombras da noite, Appius carregou seu pai até a praia, onde embarcaram para outras terras, a salvo.
Para que nunca fosse esquecido esse gesto de amor filial, ele foi inscrito nos anais da quase extinta República romana.
*   *   *
O mandamento Honrai a vosso pai e a vossa mãe quer dizer muito mais do que respeitar os que deram a vida aos filhos.
Quer dizer também assisti-los na necessidade e lhes proporcionar repouso na velhice. Cercá-los de cuidados como eles fizeram com os pequenos, no período da infância.
Esse dever se estende naturalmente às pessoas que fazem as vezes de pai e de mãe, as quais tanto maior mérito têm, por abrigarem os filhos alheios em seu seio, alimentando-os com seu amor e carinho.
Os filhos devem aos pais não só o estritamente necessário, devem-lhes também os pequenos nadas supérfluos, os cuidados amáveis, os agradinhos que, ao final, não são mais do que apenas o retorno do que receberam em sua infância e juventude.
Este o verdadeiro sentido do mandamento do Decálogo.

Redação do Momento Espírita, com base no item 3 do cap. XIV 
do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, ed. 
Feb e na lenda romana Appius, recontada por H. Twitchell, de 
O livro das virtudes, v. II, de William J. Bennett, ed. Nova fronteira.
Em 02.08.2010.

INVESTINDO NO FUTURO

Todos os domingos aquele homem era visto em frente ao templo religioso. Não sabiam o seu nome, nem de onde vinha. Passava algumas horas ali, no período da manhã e, da forma que aparecia, desaparecia até à semana seguinte.
Um tanto mais do que maduro, podia-se qualificá-lo de idoso. Por se trajar de forma muito simples e ficar postado à porta do templo, foi confundido certo dia com um mendigo.
Alguém lhe ofereceu uma esmola e ele, sorrindo, agradeceu, dizendo que não precisava dela, pois graças a Deus podia prover ao próprio sustento.
Comunicativo, tinha uma forma toda especial de falar e quem quer que por ali passasse e resolvesse parar, logo se detinha em longa conversa com o velhinho.
Contudo, ninguém lhe perguntava por que permanecia ali por algumas horas todo domingo. Até que, certo dia, alguém se aproximou dele e lhe perguntou o que fazia ali aos domingos, sem se importar com o tempo frio ou os dias de intenso sol e calor.
A resposta foi rápida: Estou esperando os meus netos saírem da aula de evangelização.
Na sequência, o bom homem foi esclarecendo o mistério de sua presença à porta do templo, todos os domingos. Ele trazia, desde alguns anos, seus dois netos para a escola de evangelização. Ficava do lado de fora, esperando a aula terminar para os levar de volta.
Quando eram menores, disse ele, trazia os dois ao mesmo tempo em sua bicicleta, porque longa era a distância. Agora, que já tinham seus 8 e 10 anos, mais pesados e maiores, ele trazia um, retornava para casa e buscava o outro. Ao final da aula, fazia o trajeto inverso.
Mas o senhor não cansa? Perguntou o interlocutor curioso. Afinal, já não é tão jovem.
Não há problema, foi a resposta. Pois não dizem que é muito bom fazer ginástica, malhar, como falam os jovens? Pois enquanto muitos pagam academia para malhar, eu saio de bicicleta e faço exercício.
Trago meus netos para ouvirem falar a respeito de Jesus, de Deus, das coisas boas que o homem deve fazer para se tornar feliz.
Imagine que, enquanto conduzo meus netos para casa, eles vão me contando pelo caminho o que aprenderam. Cada dia mais me entusiasmo e fico à espera das suas aulas seguintes.
Pode-se dizer que faço ginástica enquanto invisto na formação de meus netos e numa sociedade melhor para o futuro.
E além de manter-me em forma e com disposição, aprendo sobre essas coisas que fazem bem ao Espírito da gente.
*   *   *
Orientar a infância é preparar o futuro risonho, pelo qual todos anelamos.
Conduzir os pequeninos para Jesus é atender ao convite do Divino Mestre, permitindo que Dele se aproximem, não os impedindo por motivo algum.
É na meninice corpórea que o Espírito encontra ensejo de renovar as bases da própria vida. Eis porque não lhe pode faltar a mensagem renovadora da Boa Nova.
Não nos esqueçamos de ver, sempre, no coração infantil o esboço da geração próxima, guardando a certeza de que orientar a criança é assegurar ao mundo um futuro melhor.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do 
cap. 21 do livro Conduta Espírita, pelo Espírito André Luiz,
 psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb.
Em 30.07.2010.

A CANÇÃO DE PAI E MÃE


Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos - algo que só pode nascer entre nós.
*   *   *
Tais as inspiradas e inspiradoras palavras de Lya Luft, em sua crônica intitulada A canção de qualquer mãe.
Quando o mundo elege algumas datas para celebrar o amor de mãe, de pai, de namorados, a escritora prefere escrever a seus filhos, enviando uma mensagem inesquecível de carinho e reconhecimento.
Sim, pois sempre será honra inestimável ser pai, ser mãe. Participar da criação de Deus, mesmo que de forma singela, é razão de júbilo intenso no coração.
Quando se vivencia o amor de pai, o amor de mãe, tudo passa a ser diferente - nós nos transformamos.
Serão tempos diferentes, quando todas as nossas relações forem assim, como a da mãe que diz aos filhos:
Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação.
Sim, serão tempos diferentes esses...
Tempos do amor que independe da presença e do tempo.
Tempos de nova compreensão sobre presença e sobre tempo.
O amor de mãe e de pai está mudando o mundo, pois estes estão mais maduros, mais atentos, mais vivos...
Nada será como antes, quando finalmente compreendermos e vivenciarmos esse amor com toda sua força.
Nada será como antes, quando os pais aprenderem a olhar nos olhos de seu bebê, dizendo:
Não sabemos o que nos uniu nesta nova família, se a afinidade intensa ou o compromisso inadiável perante as Leis maiores, mas não importa: tudo o amor irá superar.
Este será o dia em que escolheremos amar, antes de tudo. O amor precisa ser uma decisão dentro do lar, dentro da vida.
Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços:
Misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência.
A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada Terra.
E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.

Redação do Momento Espírita, com base em artigo 
de autoria de Lya Luft, publicado na revista
Veja, de maio/2010.
Em 06.08.2010

LEVAR O AMOR

Que eu leve o amor... A mim, em primeiro lugar.

Que eu leve o amor para dentro de mim e que todo auto-ódio se converta em chance, em nova chance.

Que eu me dê novas chances... De amar de novo, de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.

Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.

Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!

* * *

Que eu leve o amor... À minha família.

Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...

Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.

Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas mazelas. Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...

Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido. Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.

Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos. Que minha ternura não seque tão facilmente.

Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.

Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.

São os pais que preciso. São os pais que me amam.

Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem o coração.

São os espinhos da convivência. Não precisam se transformar em ódio se o amor assim desejar.

Que eu leve o amor... Aos meus inimigos.

Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.

Que eu respeite. Que eu compreenda. Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.

Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.

Que ore por eles. Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.

Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.

Que eu leve o amor... A minha sociedade.

Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.

Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...

Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com otimismo, com alegria.

Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.

Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das Leis de Deus, do mundo em progresso gerido por Leis de amor maior.

Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma. Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.

Sou agente transformador. Sou agente iluminador. Sou instrumento da paz no mundo.

Que eu leve o amor...

Redação do Momento Espírita.
Em 10.05.2010.

RAZÕES DO MEU VIVER!

RAZÕES DO MEU VIVER!
REENCARNAÇÃO UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

MUITO OBRIGADA

MUITO OBRIGADA POR VOCÊ VIR ATÉ AQUI E EU PODER COMPARTILHAR COM VOCE UM POUCO DO MEU DIA À DIA!
Quem tem condições

O perfeito entendimento entre as criaturas ainda é raro no mundo.
Os laços de genuína afinidade são tesouros preciosos, a serem carinhosamente mantidos.
Entretanto, não é possível conviver apenas com quem partilha das mesmas ideias.
Nos mais variados setores da existência, os atritos por vezes surgem.
No recesso do lar, irmãos nem sempre se entendem. Pais e filhos têm ideais diferentes.
Esposos frequentemente não encontram um denominador comum na condução dos destinos da família.
No setor profissional, também há criaturas com as quais o relacionamento é trabalhoso e difícil. Nessas horas críticas é que se revela o valor individual.
O primeiro impulso é o de esperar ser compreendido.
As próprias ideias sempre parecem mais acertadas do que as alheias.
As soluções que o próprio coração alvitra costumam se afigurar mais justas do que as propostas pelos outros.
O outro é que deve entender, perdoar e ceder.
Contudo, esse gênero de expectativa não costuma ser atendido.
Se ninguém se dispuser a dar o primeiro passo rumo ao entendimento, um pequeno evento pode tomar proporções desastrosas.
Quanto a quem se esforçará mais e melhor pela paz, a maturidade espiritual dos envolvidos é que decide.
Em qualquer situação, vigora o princípio de que ninguém pode dar o que não tem.
O egoísta, vaidoso e arrogante não consegue exemplificar a humildade e facultar a concórdia.
O pervertido não possui condições íntimas de vivenciar a pureza. Tendo essa realidade em mente, procure analisar como você se comporta em situações de confronto.
Procura perdoar, compreender e auxiliar?
Ou se considera demasiado importante para abdicar de sua posição em favor da paz?
Não se trata de ganhar ou de perder, mas de aprender a respeitar opiniões diferentes.
Mesmo quando sua posição é visivelmente a melhor, há como lutar por ela sem ofender e humilhar.
Se você é cristão, seus deveres perante a humanidade são significativos.
Afinal, você precisa ser o sal da Terra e a luz do mundo.
Entre o cristão sincero e os erros do mundo trava-se há longo tempo um silencioso combate.
Só que esse combate não é sanguinolento, mas se estriba no exemplo e na compaixão.
Se o próximo é difícil, cabe-lhe conquistá-lo e gentilmente esclarecê-lo.
Quem está mais preparado para as renúncias que a harmonia social exige?
O descrente ou o idealista?
Ciente disso, torne-se um agente do bem.
Se a vida lhe oportuniza ser aquele que serve e luta pela paz, significa que você tem condições para tanto.
Não desperdice a oportunidade!

Redação do Momento Espírita.Em 11.05.2009.


O amor não seleciona

Era um casal sem filhos. Os anos se somavam e, por mais tentassem, a gravidez nunca se consumava.

Aderiram a sugestões e buscaram exames mais sofisticados que lhes apontaram, enfim, a total impossibilidade de um dia se tornarem pais dos próprios filhos.

Optaram pela adoção e se inscreveram em um programa do município, ficando à espera.

Certo dia, a notícia chegou inesperada pelo telefone: Temos uma criança. Vocês são os próximos da lista. Venham vê-la.

Rapidamente se deslocaram para o local. Pelo caminho se perguntavam: Como será o bebê? Louro? Cabelos castanhos? Miúdo? Olhos negros? Menino ou menina?

Tal fora a alegria na recepção da notícia, que se haviam esquecido de indagar de detalhes.

Vencida a distância, foram recepcionados pela assistente social que os levou ao berçário e apontou um dos bercinhos.

O que eles puderam ver era uma coisinha miúda embrulhada em um cobertor.

Mas a servidora pública esclareceu: Trata-se de um menino. É importante que vocês o desembrulhem e olhem.

Não sei o que acontece pois vários casais o vieram ver e não o levaram. Se vocês não o quiserem, chamaremos o casal seguinte da lista.

Marido e mulher se olharam, ele segurou a mão dela e falou: Querida, talvez a criança seja deficiente ou enferma. Pense, se fosse nosso filho, se o tivéssemos aguardado nove meses, se ele tivesse sido gerado em seu ventre, alimentado por nossas energias, o amaríamos, não importando como fosse.

Por isso, se Deus nos colocou em seu caminho, ele é para nós e o levaremos, certo?

A emoção tomou conta da jovem. Estreitaram-se num amplexo demorado.

É nosso filho, desde já. Foi a resposta.

A enfermeira lhes trouxe o pequeno embrulho. Era um menino de cor negra. A desnutrição esculpira naquele corpo frágil uma obra esquelética, com as miúdas costelas à mostra.

Levaram-no para casa. A primeira mamada foi emocionante. O garotinho sugou com sofreguidão. Pobre ser! Quanta fome passara. Talvez fosse a primeira vez que bebesse leite.

No transcorrer das semanas, o casal descobriu que o pequeno era um poço de enfermidades complicadas. Meses depois, foi a descoberta de uma deficiência mental.

Na medida em que mais problemas surgiam, mais o amavam.

Já se passaram cinco anos. O garoto, ao influxo do amor, venceu a desnutrição e as enfermidades.

Carrega a deficiência, mas aprendeu a falar, embora com dificuldade e todas as noites, quando se recolhe ao leito, enquanto os pais lhe ensinam a orar ao Senhor Jesus, em gratidão pelo dia vencido, ele abraça, espontâneo a um e outro e diz: Mamãe, papai, amo vocês.

Haverá na Terra recompensa maior do que a que se expressa na espontaneidade de um Espírito reconhecido na inocência da infância?

* * *

O filho deficiente necessita muito dos pais. Todo Espírito que chega ao nosso lar, com deficiência e limitação, necessita do nosso amor para que se recupere e supere a própria dificuldade.

O filho deficiente é sempre compromisso para a existência dos pais.

Amemos, pois, os nossos filhos, sejam eles joias raras de beleza e inteligência ou diamantes brutos, necessitados de lapidação para que se lhes descubra a riqueza oculta.

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