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FLORES

FLORES
FICA SEMPRE UM POUCO DE PERFUME NAS MÃO QUE OFERECEM ROSAS

sábado, 29 de outubro de 2011

EDUCAÇÃO E VIGILÂNCIA

Existe alguma receita para educar um filho? Esta é a pergunta que toda mãe e todo pai se faz, quase que diariamente.
Mesmo aqueles que já têm alguma experiência, que estão na lide da educação desde algum tempo, se veem às voltas com dúvidas sobre o que fazer e como agir.
Como cada ser humano traz em si toda sua história de vida, é natural que o processo de educação tenha que ser individualizado, especializado, feito e desenvolvido para cada um de nós.
Dessa forma, não raro é que os pais eduquem por processos diferentes seus filhos, mesmo que sob a tutela dos mesmos valores e imbuídos do mesmo amor.
E se assim o fazem é porque percebem em cada um de seus filhos tendências, vontades, desejos próprios da realidade íntima de cada um deles.
Como todos carregamos somente aquilo que já conseguimos adquirir pelas estradas das vidas que já vivemos, trazemos no baú do coração os tesouros ou as pedras, conforme as opções feitas.
Como, portanto, conseguir educar cada um com sua particularidade? Como buscar entender o processo emocional, as tendências, as dificuldades de nossos tutelados?
Não há outra possibilidade senão a de auscultar a alma de quem está ao nosso lado.
Só assim poderemos entender esse ser que agora está sob nossa tutela, que renasceu sob nossa responsabilidade.
Ser pai e ser mãe, e falamos aqui no sentido amplo do termo, não no aspecto meramente biológico, é missão de grande importância perante a Providência Divina.
São eles que terão a responsabilidade de conduzir essa alma muito vivida nos caminhos da vida.
Educar é preocupar-se com aquilo que vai na alma do educando, para poder entendê-lo.
E, ao entendê-lo, saber quais as sementes que carecem de ser plantadas no terreno do coração, quais as ervas daninhas que ainda o povoam e devem ser arrancadas.
O esforço de educar é a arte de moldar o caráter, buscando incutir valores nobres, sólidos e perenes.
É instigar o hábito, através do exemplo e da repetição, daquilo que ainda falta ao educando, principalmente no campo da moral, do bem agir.
Para tanto, todo aquele envolvido na educação de crianças e jovens deve por eles vigiar, ter ouvidos de ouvir e olhos de ver aquilo que a alma deixa emergir.
Às vezes pequenos atos, frases soltas, conceitos estruturados, são os sinais que ela indica daquilo que está repleta.
Nesses momentos será o educador, pela ferramenta indispensável do amor, que deverá refletir, analisar e, se necessário, propor novos valores e conceitos para aquele que está sob sua tutela.
E não haverá outras ferramentas tão efetivas quanto o amor e a vigilância, na forma de cuidado e atenção, para que a educação ganhe êxito e possamos cumprir com alegria a importante missão de educar.

Redação do Momento Espírita.
Em 29.10.2011.

Pai começa o começo

Quando era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: "Pai, começa o começo!"
O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim.
Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.
Meu pai morreu há muito tempo e não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.
Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar.
O esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes.
O enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.
Em certas ocasiões, minhas "tangerinas" transformam-se em abacaxis.
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo meu pai quando lhe pedia para "começar o começo", era o que me dava a certeza de que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta.
Além da atenção e carinho que eu recebia, ele também me ensinou a pedir ajuda a Deus, Pai do céu. Meu pai terreno me ensinou que Deus é eterno, que está sempre ao nosso lado e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.
*   *   *
Quando a vida parecer muito difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembremo-nos de suplicar o auxílio Divino.
Deus nos indicará o caminho e não só começará o começo, mas pode ser que, em algumas ocasiões, resolva toda a situação.
Não sabemos o tipo de dificuldade que encontraremos na nossa caminhada, mas amparemo-nos no amor eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: Pai, começa o começo!
*   *   *
A sensibilidade de enxergar as dificuldades dos filhos e oferecer o apoio necessário, no momento certo, é essencial. Tem o poder de curar feridas e se transforma em bálsamo para a dor.
Devemos saber o quanto é importante dizer ao filho: Se você tem medo, venha aqui. Se você cair, falhar, estarei ao seu lado. Amo você.
Devemos saber valorizar toda atitude positiva.
O abraço e o beijo fazem a criança se sentir querida e consolidam a segurança e o amor. Demonstrarmos a confiança de que somos constantemente amparados por Deus oferece aos filhos um caminho para a construção da fé.
Todo o carinho e afeto demonstrados pelos pais aos filhos, durante a infância, se transformarão em direcionamento seguro e formarão base sólida para o enfrentamento das dificuldades na vida adulta.


Redação do Momento Espírita, com base no texto Pai, começa o começo, de autoria desconhecida.
Em 28.10.201

Pensamento eSaúde

Mente sã, corpo são.
Possivelmente, nunca antes fez tanto sentido o provérbio popular, derivado de antigo poema romano.
Estudos e mais estudos têm sido produzidos, ligando a qualidade de nossos pensamentos à saúde do corpo físico.
Nunca se falou tanto em somatização.
As ciências tradicionais ocidentais finalmente encontraram na alma humana a fonte da saúde e da doença.
Pensamento e saúde são termos da mesma equação da vida.
Não existem doenças, mas sim doentes. O pensamento em desequilíbrio, a alma enferma e desestabilizada, produz no organismo o desajuste das células.
Em contrapartida, a mente sã, povoada de pensamentos de alegria, cooperação e amor, gera naturalmente, no corpo físico, a harmonia celular, produzindo saúde em abundância.
Vejamos alguns exemplos: a ansiedade estimula a secreção de adrenalina, que sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola;
o pessimismo perturba o aparelho digestivo e produz distúrbios gerais;
o medo e a revolta são agentes de úlceras gástricas e duodenais de curso largo;
da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida.
O homem se torna o que pensa, portanto, o que quer.
Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes, nas mesmas faixas de ondas mentais por onde transitam as aspirações e os estados psíquicos de toda a Humanidade.
Adicionados a esses, temos as mentes dos desencarnados que se intercomunicam com os homens, vibrando nos climas que lhes são afins.
Assim, levando tudo isso em conta, é importante que nos acostumemos a pensar de forma edificante.
Assumamos uma postura vitoriosa. Atraiamos pensamentos salutares.
O cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente.
Irradiemos a ideia do bem, do progresso, da paz, e captaremos, por sintonia, equivalentes estímulos para o nosso bem.
Quem pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender. Quem cultiva o insucesso, dificilmente enfrentará os desafios para a vitória.
A cada momento, adicionemos experiências novas às nossas conquistas. A todo instante, pensemos corretamente e somaremos força psíquica para o êxito de nossa encarnação.
*   *   *
Bem pensar é a elevada forma de viver.
Alegria é saúde.
Podemos diariamente exercitar a substituição de maus por bons pensamentos, mudando os hábitos mentais, modificando as preferências e escolhas de leituras, notícias, artes e informações com as quais temos contato constante.
Só se pode atirar fora o lixo mental que acumulamos desequilibradamente nesses tempos, através de novos hábitos, da busca de novas fontes de sabedoria.
Orai e vigiai. - A nobre expressão cristã aplica-se com perfeição neste caso.
A oração eleva os pensamentos, fazendo-os entrar em contato com questões mais nobres e profundas da vida.
A vigilância faz-nos cuidar daquilo que anda em nossa mente, das cores impressas em nossos muitos pensares diários.
A qualidade de nossos pensamentos determina a saúde de nosso corpo físico.

Redação do Momento Espírita.
Em 27.10.2011.

PEDIDO DE PERDÃO

Adam Riklis era um sobrevivente do Holocausto. Depois que toda sua família foi assassinada pelos nazistas e ele suportou provações difíceis, em três campos de concentração, agarrou-se mais à sua fé.
Intimamente, prometeu que ensinaria aos filhos a religião dos seus pais. Por isso, teve paciência quando seu filho de dezenove anos abandonou a faculdade, largou o emprego e disse que iria para a Índia, em busca de iluminação.
Mas, quando o filho desprezou a fé judaica, Adam não suportou e o expulsou de casa. Trocaram palavras duras e o filho viajou.
Seis anos depois, Joey, o filho, encontrou um amigo que lhe informou que seu pai morrera há dois meses. Ninguém o avisara porque ele nunca havia mandado o endereço para a família.
Joey teve um choque. Acreditou que seu pai morrera, não de um ataque do coração, mas do coração partido. E fora ele quem partira o coração do velho pai.
Resolveu tomar um avião e ir a Israel. Foi a Jerusalém, comprou um livro de orações. Imitando os movimentos dos outros, encostou a cabeça na pedra lisa do muro das lamentações e começou a orar.
De repente, viu-se a falar com seu pai: como ele desejaria poder pedir perdão. Como queria poder dizer que sempre o amou.
Olhando para o lado, observou que as pessoas escreviam pedidos em pedacinhos de papel e colocavam nas fendas do muro.
Escreveu um bilhete ao pai, pedindo perdão e começou a procurar uma fenda onde pudesse colocar sua mensagem. Foi difícil. Há tantos anos, tantos fazem isso que todos os buraquinhos do muro estavam lotados.
Finalmente, ele achou um cantinho para colocar o seu papel. Mas, quando tentou, o que conseguiu foi derrubar o papel de outra pessoa que havia deixado ali seu pedido escrito.
Ai, não. Tirei do lugar o papel de outra pessoa, pensou.
Começou a procurar um outro lugarzinho para devolver aquela mensagem. Foi então que uma grande curiosidade tomou conta dele e resolveu abrir o bilhete.
E leu o seguinte: Meu querido filho Joey. Se, por acaso, um dia você vier a Israel e vier até este muro, espero que possa encontrar este bilhete.
Quero dizer que sempre o amei. Mesmo quando você me magoou, continuei amando. Eu o perdoo por tudo e espero que você também possa perdoar um velho bobo. Seu pai, Adam Riklis.
A prece de Joey acabava de ser atendida.
*   *   *
Não esperemos que a morte leve o ser amado para verificar que o melhor é sempre desculpar, perdoar e estar juntos.
Não deixemos o pedido de desculpas para amanhã. Não adiemos a possibilidade de abraçar, conviver, amar.
Não permitamos que desavenças geradas por palavras grosseiras, ditas em momentos de intranquilidade e desequilíbrio, nos afastem daqueles que são nossos afetos.
Se você descobrir agora que um amigo, um amor tem algo a reclamar de você, levante-se e vá ao encontro dele. Ofereça o seu abraço, o seu sorriso e recomece a desfrutar da amizade, do amor, que são alimento para o Espírito.

Redação do Momento Espírita, com base em fato do livro Pequenos milagres, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, ed. Sextante.
Em 26.10.2011

LEVAR O AMOR

Que eu leve o amor... A mim, em primeiro lugar.

Que eu leve o amor para dentro de mim e que todo auto-ódio se converta em chance, em nova chance.

Que eu me dê novas chances... De amar de novo, de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.

Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.

Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!

* * *

Que eu leve o amor... À minha família.

Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...

Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.

Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas mazelas. Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...

Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido. Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.

Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos. Que minha ternura não seque tão facilmente.

Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.

Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.

São os pais que preciso. São os pais que me amam.

Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem o coração.

São os espinhos da convivência. Não precisam se transformar em ódio se o amor assim desejar.

Que eu leve o amor... Aos meus inimigos.

Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.

Que eu respeite. Que eu compreenda. Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.

Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.

Que ore por eles. Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.

Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.

Que eu leve o amor... A minha sociedade.

Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.

Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...

Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com otimismo, com alegria.

Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.

Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das Leis de Deus, do mundo em progresso gerido por Leis de amor maior.

Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma. Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.

Sou agente transformador. Sou agente iluminador. Sou instrumento da paz no mundo.

Que eu leve o amor...

Redação do Momento Espírita.
Em 10.05.2010.

RAZÕES DO MEU VIVER!

RAZÕES DO MEU VIVER!
REENCARNAÇÃO UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

MUITO OBRIGADA

MUITO OBRIGADA POR VOCÊ VIR ATÉ AQUI E EU PODER COMPARTILHAR COM VOCE UM POUCO DO MEU DIA À DIA!
Quem tem condições

O perfeito entendimento entre as criaturas ainda é raro no mundo.
Os laços de genuína afinidade são tesouros preciosos, a serem carinhosamente mantidos.
Entretanto, não é possível conviver apenas com quem partilha das mesmas ideias.
Nos mais variados setores da existência, os atritos por vezes surgem.
No recesso do lar, irmãos nem sempre se entendem. Pais e filhos têm ideais diferentes.
Esposos frequentemente não encontram um denominador comum na condução dos destinos da família.
No setor profissional, também há criaturas com as quais o relacionamento é trabalhoso e difícil. Nessas horas críticas é que se revela o valor individual.
O primeiro impulso é o de esperar ser compreendido.
As próprias ideias sempre parecem mais acertadas do que as alheias.
As soluções que o próprio coração alvitra costumam se afigurar mais justas do que as propostas pelos outros.
O outro é que deve entender, perdoar e ceder.
Contudo, esse gênero de expectativa não costuma ser atendido.
Se ninguém se dispuser a dar o primeiro passo rumo ao entendimento, um pequeno evento pode tomar proporções desastrosas.
Quanto a quem se esforçará mais e melhor pela paz, a maturidade espiritual dos envolvidos é que decide.
Em qualquer situação, vigora o princípio de que ninguém pode dar o que não tem.
O egoísta, vaidoso e arrogante não consegue exemplificar a humildade e facultar a concórdia.
O pervertido não possui condições íntimas de vivenciar a pureza. Tendo essa realidade em mente, procure analisar como você se comporta em situações de confronto.
Procura perdoar, compreender e auxiliar?
Ou se considera demasiado importante para abdicar de sua posição em favor da paz?
Não se trata de ganhar ou de perder, mas de aprender a respeitar opiniões diferentes.
Mesmo quando sua posição é visivelmente a melhor, há como lutar por ela sem ofender e humilhar.
Se você é cristão, seus deveres perante a humanidade são significativos.
Afinal, você precisa ser o sal da Terra e a luz do mundo.
Entre o cristão sincero e os erros do mundo trava-se há longo tempo um silencioso combate.
Só que esse combate não é sanguinolento, mas se estriba no exemplo e na compaixão.
Se o próximo é difícil, cabe-lhe conquistá-lo e gentilmente esclarecê-lo.
Quem está mais preparado para as renúncias que a harmonia social exige?
O descrente ou o idealista?
Ciente disso, torne-se um agente do bem.
Se a vida lhe oportuniza ser aquele que serve e luta pela paz, significa que você tem condições para tanto.
Não desperdice a oportunidade!

Redação do Momento Espírita.Em 11.05.2009.


O amor não seleciona

Era um casal sem filhos. Os anos se somavam e, por mais tentassem, a gravidez nunca se consumava.

Aderiram a sugestões e buscaram exames mais sofisticados que lhes apontaram, enfim, a total impossibilidade de um dia se tornarem pais dos próprios filhos.

Optaram pela adoção e se inscreveram em um programa do município, ficando à espera.

Certo dia, a notícia chegou inesperada pelo telefone: Temos uma criança. Vocês são os próximos da lista. Venham vê-la.

Rapidamente se deslocaram para o local. Pelo caminho se perguntavam: Como será o bebê? Louro? Cabelos castanhos? Miúdo? Olhos negros? Menino ou menina?

Tal fora a alegria na recepção da notícia, que se haviam esquecido de indagar de detalhes.

Vencida a distância, foram recepcionados pela assistente social que os levou ao berçário e apontou um dos bercinhos.

O que eles puderam ver era uma coisinha miúda embrulhada em um cobertor.

Mas a servidora pública esclareceu: Trata-se de um menino. É importante que vocês o desembrulhem e olhem.

Não sei o que acontece pois vários casais o vieram ver e não o levaram. Se vocês não o quiserem, chamaremos o casal seguinte da lista.

Marido e mulher se olharam, ele segurou a mão dela e falou: Querida, talvez a criança seja deficiente ou enferma. Pense, se fosse nosso filho, se o tivéssemos aguardado nove meses, se ele tivesse sido gerado em seu ventre, alimentado por nossas energias, o amaríamos, não importando como fosse.

Por isso, se Deus nos colocou em seu caminho, ele é para nós e o levaremos, certo?

A emoção tomou conta da jovem. Estreitaram-se num amplexo demorado.

É nosso filho, desde já. Foi a resposta.

A enfermeira lhes trouxe o pequeno embrulho. Era um menino de cor negra. A desnutrição esculpira naquele corpo frágil uma obra esquelética, com as miúdas costelas à mostra.

Levaram-no para casa. A primeira mamada foi emocionante. O garotinho sugou com sofreguidão. Pobre ser! Quanta fome passara. Talvez fosse a primeira vez que bebesse leite.

No transcorrer das semanas, o casal descobriu que o pequeno era um poço de enfermidades complicadas. Meses depois, foi a descoberta de uma deficiência mental.

Na medida em que mais problemas surgiam, mais o amavam.

Já se passaram cinco anos. O garoto, ao influxo do amor, venceu a desnutrição e as enfermidades.

Carrega a deficiência, mas aprendeu a falar, embora com dificuldade e todas as noites, quando se recolhe ao leito, enquanto os pais lhe ensinam a orar ao Senhor Jesus, em gratidão pelo dia vencido, ele abraça, espontâneo a um e outro e diz: Mamãe, papai, amo vocês.

Haverá na Terra recompensa maior do que a que se expressa na espontaneidade de um Espírito reconhecido na inocência da infância?

* * *

O filho deficiente necessita muito dos pais. Todo Espírito que chega ao nosso lar, com deficiência e limitação, necessita do nosso amor para que se recupere e supere a própria dificuldade.

O filho deficiente é sempre compromisso para a existência dos pais.

Amemos, pois, os nossos filhos, sejam eles joias raras de beleza e inteligência ou diamantes brutos, necessitados de lapidação para que se lhes descubra a riqueza oculta.

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