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FLORES

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FICA SEMPRE UM POUCO DE PERFUME NAS MÃO QUE OFERECEM ROSAS

sábado, 31 de julho de 2010

A VISÃO DE CADA UM

Dois homens, muito enfermos, ocupavam uma mesma enfermaria em um grande hospital.
Sua única comunicação com o mundo de fora era uma janela. Um deles tinha a sua cama perto da janela e, todos os dias, tinha permissão para se sentar em sua cama, por algumas horas. Tudo como parte do tratamento dos pulmões.
O outro, cuja cama ficava no lado oposto do pequeno cômodo ficava o dia todo deitado de barriga para cima.
Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado sentado, ele passava a descrever para o companheiro de quarto o que havia lá fora.
Falava do grande parque, cheio de grama verde, de árvores frondosas e flores mais além, em canteiros bem cuidados. Descrevia o lago, onde havia patos e cisnes. Falava das crianças que jogavam migalhas de pão para as aves, e dos barcos de brinquedo que coloriam as tardes de verão.
Falava dos casais de namorados que passeavam de mãos dadas entre as árvores, dos jogos de bola muito disputados entre a criançada.
Dizia que bem além da linha das árvores, ele podia ver um pouco da cidade, o contorno dos altos prédios contra o azul do céu.
O homem deitado somente escutava e escutava. Houve um dia em que ouviu, preocupado, o caso de uma criança que quase caiu no lago, sendo salva a tempo por sua mãe.
Num outro dia, a descrição minuciosa foi a respeito dos lindos vestidos das moças que saudavam a primavera em flor.
O homem deitado quase podia ver o que o outro descrevia, tantos eram os detalhes e a emoção do companheiro sentado. E, aos poucos, foi se tomando de inveja.
Por que somente o outro, que ficava perto da janela, podia ter aquele prazer? Por que ele também não podia ter aquela mesma oportunidade?
Enquanto assim pensava, mais se envergonhava e, no entanto, não conseguia evitar que tais pensamentos o atormentassem.
Certa noite, enquanto estava ali olhando para o teto, como sempre, percebeu que o outro começou a passar mal. Acordou tossindo, parecendo sufocar.
Com desespero, o botão de emergência foi acionado. As enfermeiras correram. O médico veio. Nova aparelhagem respiratória foi providenciada, mas tudo em vão. O homem morreu.
Pela manhã, seu corpo sem vida foi retirado dali. Então, o homem que permanecia sempre deitado, pediu para que o colocassem na cama do outro, próximo da janela.
Logo que assim foi feito e a enfermeira saiu do quarto, ele fez um grande esforço, apoiou-se sobre o cotovelo, na tentativa de se erguer no leito.
A dor era intensa mas ele insistiu. Com muita dificuldade, ele olhou pela janela e viu... apenas um enorme, alto e feio muro de pedras nuas.
*   *   *
A vida tem o colorido que a pessoa lhe dá. A paisagem se torna cinzenta ou plena de luz de acordo com as lentes de que se serve a pessoa para olhá-la.
Sofrer a enfermidade e se fechar na dor ou enfeitar de vivas cores o quadro que vive, é opção individual.
Há os que sofrem pouco e se desesperam, aumentando sua carga de dissabores, com as lentes escuras e sombrias de que se servem para contemplar tudo e todos.
Há os que sofrem muito e se dizem tranquilos, padecendo serenos.

Redação do Momento Espírita, com base em texto de autoria desconhecida.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.
Em 19.07.2010.

INVESTINDO NO FUTURO

Todos os domingos aquele homem era visto em frente ao templo religioso. Não sabiam o seu nome, nem de onde vinha. Passava algumas horas ali, no período da manhã e, da forma que aparecia, desaparecia até à semana seguinte.
Um tanto mais do que maduro, podia-se qualificá-lo de idoso. Por se trajar de forma muito simples e ficar postado à porta do templo, foi confundido certo dia com um mendigo.
Alguém lhe ofereceu uma esmola e ele, sorrindo, agradeceu, dizendo que não precisava dela, pois graças a Deus podia prover ao próprio sustento.
Comunicativo, tinha uma forma toda especial de falar e quem quer que por ali passasse e resolvesse parar, logo se detinha em longa conversa com o velhinho.
Contudo, ninguém lhe perguntava por que permanecia ali por algumas horas todo domingo. Até que, certo dia, alguém se aproximou dele e lhe perguntou o que fazia ali aos domingos, sem se importar com o tempo frio ou os dias de intenso sol e calor.
A resposta foi rápida: Estou esperando os meus netos saírem da aula de evangelização.
Na sequência, o bom homem foi esclarecendo o mistério de sua presença à porta do templo, todos os domingos. Ele trazia, desde alguns anos, seus dois netos para a escola de evangelização. Ficava do lado de fora, esperando a aula terminar para os levar de volta.
Quando eram menores, disse ele, trazia os dois ao mesmo tempo em sua bicicleta, porque longa era a distância. Agora, que já tinham seus 8 e 10 anos, mais pesados e maiores, ele trazia um, retornava para casa e buscava o outro. Ao final da aula, fazia o trajeto inverso.
Mas o senhor não cansa? Perguntou o interlocutor curioso. Afinal, já não é tão jovem.
Não há problema, foi a resposta. Pois não dizem que é muito bom fazer ginástica, malhar, como falam os jovens? Pois enquanto muitos pagam academia para malhar, eu saio de bicicleta e faço exercício.
Trago meus netos para ouvirem falar a respeito de Jesus, de Deus, das coisas boas que o homem deve fazer para se tornar feliz.
Imagine que, enquanto conduzo meus netos para casa, eles vão me contando pelo caminho o que aprenderam. Cada dia mais me entusiasmo e fico à espera das suas aulas seguintes.
Pode-se dizer que faço ginástica enquanto invisto na formação de meus netos e numa sociedade melhor para o futuro.
E além de manter-me em forma e com disposição, aprendo sobre essas coisas que fazem bem ao Espírito da gente.
*   *   *
Orientar a infância é preparar o futuro risonho, pelo qual todos anelamos.
Conduzir os pequeninos para Jesus é atender ao convite do Divino Mestre, permitindo que Dele se aproximem, não os impedindo por motivo algum.
É na meninice corpórea que o Espírito encontra ensejo de renovar as bases da própria vida. Eis porque não lhe pode faltar a mensagem renovadora da Boa Nova.
Não nos esqueçamos de ver, sempre, no coração infantil o esboço da geração próxima, guardando a certeza de que orientar a criança é assegurar ao mundo um futuro melhor.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do 
cap. 21 do livro Conduta Espírita, pelo Espírito André Luiz,
 psicografia de Waldo Vieira, ed. Feb.
Em 30.07.2010.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

CAMINHO VERDADE E VIDA

MEUS QUERIDOS AMIGOS QUE FAZEM A LEITURA DO MEU BLOG ESSA MÚSICA É LINDA


CAMINHO, VERDADE e VIDA

Contam que Jesus certo dia andara
Junto ao lago azul de Genesaré
E às multidões ele ministrara
Seus ensinamentos de amor e fé
Com saliva e lodo curara um cego
Junto ao velho tanque de Siloé
Numa tarde linda de primavera
Outros mais prodígios ele fizera
Na cidade santa de Nazaré
Foi o bom Jesus quem nos ensinou
Junto ao lago azul de Genesaré
Caridade, luz, bondade, amor, verdade e Fé
Tanto no Tabor, em Jerusalém
Como na Betânia e Genesaré
Ele foi caminho, verdade e vida
Como ainda é...
Tanto no Tabor, em Jerusalém
Como na Betânia e Genesaré
Ele foi caminho, verdade e vida
Como ainda é...

BORDADOS DA VIDA

Bordados da Vida
Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito.
Eu me sentava no chão, olhava e perguntava o que ela estava fazendo.
Respondia que estava bordando. Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta.
Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada e repetia:
- Mãe, o que a senhora está fazendo?
Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos.
Eu não entendia nada.
Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:
- Filho, saia um pouco para brincar e quando terminar meu trabalho eu chamo você e o coloco sentado em meu colo. Deixarei que veja o trabalho da minha posição.
Mas eu continuava a me perguntar lá de baixo:
- Por que ela usava alguns fios de cores escuras e outros claros?
- Por que me pareciam tão desordenados e embaraçados?
- Por que estavam cheios de pontas e nós?
- Por que não tinham ainda uma forma definida?
- Por que demorava tanto para fazer aquilo?
Um dia, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:
- Filho, venha aqui e sente em meu colo.
Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia crer! Lá de baixo parecia tão confuso! E de cima vi uma paisagem maravilhosa!
Então minha mãe me disse:
- Filho, de baixo, parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo.
Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:
- Pai, o que estás fazendo?
Ele parece responder:
- Estou bordando a sua vida, filho.
E eu continuo perguntando:
- Mas está tudo tão confuso... Pai, tudo em desordem. Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros.
Por que não são mais brilhantes?
O Pai parece me dizer:
- Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim...
Eu farei o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e então vai ver o plano da sua vida da minha posição.

Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas.
As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida. Do outro lado, Deus está bordando..
Que Deus faça de suas vidas um lindo bordado!

UM GESTO IMPORTANTE

Era uma tarde de calor. À beira do lago, Jesus pregava e as pessoas foram a pouco e pouco se aproximando mais.
O interesse era geral. As palavras brotavam daqueles lábios generosos como raios de luz, atingindo as almas.
Uma mulher achegou-se também, trazendo duas crianças pela mão. Sentou-se e sentou-as ao lado. Sua atenção, de imediato, se fixou na voz doce que lhe chegava, inundando-lhe o Espírito de esperanças.
Era uma mulher do povo, sofrida. Há pouco, enviuvara e, com grande esforço, lutava para se manter e aos dois pequenos. Ninguém que a pudesse socorrer.
Ao ouvir aquelas palavras que falavam de um novo reino, de um Pai amoroso e justo, sentiu o coração apaziguar-se.
Por estar muito atenta às palavras de Jesus, não se deu conta de que os pequenos haviam levantado e se encaminhavam em direção ao lago. Atraídos pelo encanto das águas, passaram a brincar descuidados.
O velho pescador Simão, no entanto, tudo viu. Prestava atenção à pregação mas também às demais necessidades da hora em curso. Por isso, levantou-se e seguiu os dois meninos. Acompanhou-os durante algum tempo.
Em certo momento, dirigiu-lhes a palavra e lhes transmitiu confiança. Tomou os dois nos braços, sentou-se numa pedra e ali ficou com eles.
Terminada a reunião, restituiu ambos ao colo materno, em meio à alegria e sincero reconhecimento.
Inspirado por uma força estranha, o discípulo compreendeu que o júbilo daquela tarde não teria sido total se as duas crianças tivessem perecido no seio das águas, despedaçando ainda mais aquele coração maternal, já tão duramente castigado pela ausência física do marido.
Naquela tarde, com aquele pequeno gesto, Pedro descobrira o prazer de servir, a alegria de ser útil.
*   *   *
Tal qual na doce palestra do lago de Genesaré, existem sempre momentos de servir. São gestos pequenos, coisas mínimas que passam despercebidas por muitos, mas que fazem uma grande diferença.
Assim é, por exemplo, que, durante uma palestra, podemos olhar para o lado e, descobrindo um idoso em desconforto, oferecer-lhe o lugar que ocupamos.
Mesmo que tenhamos sido daqueles primeiros a chegar, somente para encontrar um lugar melhor. Com certeza, a palavra nobre que nos chegue nos atingirá com maior vigor, pois que nos encontramos abertos ao ensino superior.
Observando uma jovem mãe com dificuldades com seu pequeno, talvez possamos nos oferecer para tranquilizá-lo, andando um pouco ao ar livre, retornando em seguida para o devolver sereno, quiçá, dormindo, aos braços maternais.
Talvez pensemos que ela deveria ter deixado a criança em casa, contudo não lhe conhecemos os problemas, nem mesmo as dificuldades.
A oportunidade de servir se apresenta em todas as horas, em todos os momentos. Saber ver e se dispor a servir é decisão individual.
*   *   *
O cristão é o indivíduo que deveria estar sempre disposto a servir.
Conforme o ensino de Jesus que, como Mestre, se dispôs a lavar os pés dos Seus Apóstolos, aquele de nós que desejar ser o maior no Reino dos Céus, deve se tornar o servidor atencioso, o menor dentre todos.
E o mundo necessita intensamente de braços dispostos a amparar, ajudar; de ouvidos prontos a ouvir e de bocas desejosas de disseminar palavras de esperança, paz e consolo.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9 do livro
Boa nova, pelo Espírito Humberto de Campos, psicografia
 de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 29.07.2010.

Filhos adolescentes

É comum os pais ouvirem de vizinhos, amigos e colegas de turma de seus filhos, elogios ao comportamento deles. Os professores afirmam: Seu filho é maravilhoso.
Surpreendidos, os pais se perguntam: Será mesmo de meu filho que eles estão falando? Daquele garoto emburrado e de mau humor que tenho em casa? Como pode?
Por vezes, são os próprios pais que descobrem como os filhos mudam de atitude quando chegam perto deles. Os pais os veem na escola, junto a colegas, usando de gentileza e amabilidade.
Chegam a ser serviçais, quando em casa criam um clima de guerra, porque se lhes pede cooperação na lavagem das calçadas, do carro, no cuidado ao irmão menor.
Interessante também que os pais sugerem, orientam e têm as suas opiniões rechaçadas pelos filhos adolescentes, como sendo quadradice, preocupações de velhos. Mas, se um professor, ou o pai de um amigo diz as mesmas coisas, a aceitação é plena, total.
Isto faz com que os pais reajam negativamente e expressem sua irritação aos filhos.
*   *   *
Se tudo isso estiver acontecendo em seu lar, talvez o ajude saber que esse comportamento é temporário e que você tem o poder de influir sobre ele.
Algumas dicas são importantes. Lembre-se de quantas coisas irritavam você, quando adolescente.
Coisas pequenas que lhe machucavam, como sua mãe ir cantarolando no carro, acompanhando as músicas do rádio, enquanto transportava você e os colegas para a escola.
Nesse caso, a irritação do filho não é pelo que o pai ou a mãe fazem perante seus amigos, mas por serem exatamente seus pais a fazerem isso.
Depois, tente modificar sua argumentação. Por exemplo, em vez de: Por que está com esta cara? Experimente: Parece que você não concorda comigo. Qual é sua opinião?
Assim, você estará demonstrando que percebeu que ele não gostou do que você disse ou fez e está disposto a ouvir a opinião dele.
O importante, no relacionamento entre pais e filhos, é construir pontes, não barreiras. Pontes que conduzam a um melhor entendimento, à compreensão um do outro, ao diálogo, à boa e saudável convivência.
Quando ele chegar atrasado, não dê bronca no estilo: Por que não telefonou? Você só pensa em si mesmo!
Utilize algo como: Você demorou muito além do esperado. Fico muito preocupado com suas demoras. Por favor, numa outra vez, lembre-se de telefonar.
Essas pequenas fórmulas, além de melhorar em muito o relacionamento, demonstrarão confiança e serão excelentes formas de estimular o comportamento responsável.
*   *   *
É próprio da adolescência contestar, ser do contra, reclamar.
Faz parte da fase de transição pela qual passa a criança a caminho da juventude.
O adolescente deseja ardentemente ser orientado. Ele sabe que o que os pais falam e exigem é uma necessidade.
Essas afirmativas são demonstradas por estudos e pesquisas realizadas com adolescentes das várias camadas sociais e de ambos os sexos.
Por isso, eduque sempre, servindo-se do amor e da energia, filha da sabedoria de quem já trilhou as mesmas veredas, sofreu e aprendeu.
Redação do Momento Espírita com base no artigo
Mas que filho maravilhoso você tem, publicado em
Seleções Reader´s Digest, de março de 1999.
Em 28.07.2010.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

VELHOS E MOÇOS

Por vezes ocorria, entre os Apóstolos do Senhor Jesus, algumas pequenas discussões a respeito do trabalho que teriam a realizar.
Numa dessas oportunidades, os mais jovens do grupo passaram a tecer considerações sobre como poderiam levar o Evangelho às nações, renovando o mundo.
Eram jovens, afirmavam, e, tão logo o Mestre lhes permitisse, deixariam a Galileia a fim de pregar as verdades do Reino de Deus por toda a Terra.
Sentiam-se fortes e dispostos. Respiravam com entusiasmo os ares da boa nova e se supunham habilitados a traduzir com fidelidade os novos ensinamentos.
Simão, o antigo pescador do lago, tudo ouvia e seu coração foi ficando turvo de tristeza. Ele não era tão jovem. Suas energias pareciam descer de uma grande montanha. O que poderia o seu esforço singelo perante a grande obra que se descortinava?
Jesus, percebendo-lhe os pensamentos, mergulhou Seu doce olhar nos olhos vivos do Apóstolo e servidor e lhe disse: Simão, por que te preocupas com a idade? Se fôssemos contar o tempo, no relógio das preocupações terrenas, quem de nós seria o mais velho?
A vida pode ser comparada a uma grande árvore. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas.
A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. Há ramagens que morrem aos primeiros beijos do sol, e flores que despetalam aos primeiros sopros da primavera.
O fruto, no entanto, é sempre uma bênção do Todo-Poderoso. A ramagem é uma esperança. A flor, uma promessa. O fruto é a realização. Só ele contém o mistério da vida, cuja fonte se perde no infinito da Divindade.
Não te magoe a conversa dos jovens. Quando te cerque o burburinho da juventude, ama os jovens que revelem trabalho e reflexão.
Entretanto, não deixes de sorrir também para os levianos. São crianças que pedem cuidado, como abelhas que ainda não sabem fazer o mel.
Perdoa os entusiasmos sem rumo como se esquecem as pequenas tolices dos meninos que brincam na infância. Esclarece-os, Simão, e nunca penses que outro homem possa realizar a tarefa que te compete no concerto da vida. Tarefa que te foi dada pelo nosso Divino Pai.
Um velho sem esperança em Deus é um irmão triste envolto em sombras. Mas eu venho trazer ao mundo as claridades de um dia perene.
Em verdade, Simão, ser moço ou velho, no mundo, não interessa!... Antes de tudo, é preciso ser de Deus!...
*   *   *
Se a juventude já não te felicita o corpo e as energias parecem estar a pouco e pouco diminuindo, recobra o bom ânimo e pensa:
Ninguém, no mundo, possui o que tens: a sabedoria, que é consequência de todos os reveses e problemas que enfrentaste e venceste. Ninguém tem a tua experiência.
Cada qual é único no Universo. As conquistas pessoais são intransferíveis.
Ninguém poderá fazer aquilo que te está destinado a produzir. Assim, não percas o ânimo e prossegue, sempre, atuando feliz, dando do que tens aos mais moços, esses rebentos novos que se ensaiam para a vida e necessitam do teu amparo e orientação.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 9,
 do livro Boa nova, pelo Espírito Humberto de Campos, 
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 27.07.2010.

COM O QUE TENHAS!

Na vida, é bastante comum as pessoas invejarem umas às outras. Algumas apreciariam ter facilidade de se expressarem em público porque, afinal, para tantos isto parece tão fácil.
Outras gostariam de ser admiradas pela sua beleza, à semelhança de criaturas que o são, parecendo atraírem os olhares onde quer que estejam.
Enfim, é um desfilar contínuo de desejos de ser como o outro, de ter o que o outro tem etc.
Uma cantora e estrela da TV americana teve oportunidade de narrar uma de suas experiências de vida. Algo, diz ela, que lhe aconteceu em torno de seus treze anos de idade e que influenciou definitivamente sua carreira e seu modo de ser.
Foi nessa época que ela recebeu a chance de realizar uma tournê por várias cidades americanas com uma famosa cantora.
Apresentando-se em ambientes fechados de igrejas, elas atraíam público sempre entusiasta.
Della Reese afirma que toda vez que se apresentava dava o máximo de si. Buscava entoar as notas mais altas, sustentava-as por tempo mais longo, enfim, era um show em que se exibia.
Esquecia-se muitas vezes que estava cantando em templos religiosos e entoando hinos que deveriam ter o objetivo único de louvar ao Senhor e sensibilizar as criaturas para as coisas espirituais.
Com o tempo ela foi observando que o seu modelo, a famosa Mahalia Jackson inspirava ao povo sentimentos diferentes dos que ela conseguia. As pessoas a ouviam com respeito e assombro.
Afinal, o que será que ela tinha que Della Reese não tinha? Foram necessárias muitas apresentações para ela descobrir.
Aconteceu, afinal que, em uma determinada localidade, encontraram uma garota, uma lavradora de tranças longas que cantava maravilhosamente. Foi o suficiente para a jovem sentir-se enciumada. Com certeza, ela seria preterida.
No entanto, quando manifestou seu mau humor e sua raiva à famosa Mahalia, esta lhe deu em poucas palavras a lição:
Não se trata de cantar melhor, de sustentar por mais tempo as notas ou de alcançar tonalidades mais agudas. Trata-se de sentir a presença de Deus. Não estamos numa competição. Estamos a serviço de Deus.
E concluiu: Fique feliz por Ele ter chamado você. Mas, lembre-se de que você não é a única a quem Ele chamou.
*   *   *
Saibamos observar e descobrir como Deus coloca talentos nos lugares mais estranhos.
Della Reese afirma que jamais conseguiu cantar como cantoras extraordinárias que a inspiraram, mas conseguiu ser ela mesma. Cantar como ela mesma, dar o que tinha de seu.
E considerou que a presença daquela mulher em sua adolescência foi a dose exata da Providência Divina se manifestando para que ela aprendesse a ser grata e valorizasse o que possuía.
*   *   *
Todos somos filhos de Deus e todos possuímos dádivas que nos foram dadas por Ele.
Todos trazemos a este mundo talentos que nos cabe aproveitar bem. Uns possuem a inteligência aguçada, a sabedoria, recursos materiais. Outros a facilidade para as artes, a comunicação etc.
Cada um de nós está colocado estrategicamente em um lugar especial, para ali crescer e auxiliar os outros a crescerem, para progredir e ajudar o progresso dos que convivem conosco.

Redação do Momento Espírita com base no artigo 
O toque de um anjo, de Seleções 
Reader´s Digest, de abril de 1998.
Em 26.07.2010.

LEVAR O AMOR

Que eu leve o amor... A mim, em primeiro lugar.

Que eu leve o amor para dentro de mim e que todo auto-ódio se converta em chance, em nova chance.

Que eu me dê novas chances... De amar de novo, de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.

Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.

Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!

* * *

Que eu leve o amor... À minha família.

Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...

Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.

Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas mazelas. Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...

Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido. Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.

Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos. Que minha ternura não seque tão facilmente.

Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.

Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.

São os pais que preciso. São os pais que me amam.

Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem o coração.

São os espinhos da convivência. Não precisam se transformar em ódio se o amor assim desejar.

Que eu leve o amor... Aos meus inimigos.

Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.

Que eu respeite. Que eu compreenda. Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.

Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.

Que ore por eles. Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.

Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.

Que eu leve o amor... A minha sociedade.

Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.

Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...

Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com otimismo, com alegria.

Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.

Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das Leis de Deus, do mundo em progresso gerido por Leis de amor maior.

Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma. Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.

Sou agente transformador. Sou agente iluminador. Sou instrumento da paz no mundo.

Que eu leve o amor...

Redação do Momento Espírita.
Em 10.05.2010.

RAZÕES DO MEU VIVER!

RAZÕES DO MEU VIVER!
REENCARNAÇÃO UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

MUITO OBRIGADA

MUITO OBRIGADA POR VOCÊ VIR ATÉ AQUI E EU PODER COMPARTILHAR COM VOCE UM POUCO DO MEU DIA À DIA!
Quem tem condições

O perfeito entendimento entre as criaturas ainda é raro no mundo.
Os laços de genuína afinidade são tesouros preciosos, a serem carinhosamente mantidos.
Entretanto, não é possível conviver apenas com quem partilha das mesmas ideias.
Nos mais variados setores da existência, os atritos por vezes surgem.
No recesso do lar, irmãos nem sempre se entendem. Pais e filhos têm ideais diferentes.
Esposos frequentemente não encontram um denominador comum na condução dos destinos da família.
No setor profissional, também há criaturas com as quais o relacionamento é trabalhoso e difícil. Nessas horas críticas é que se revela o valor individual.
O primeiro impulso é o de esperar ser compreendido.
As próprias ideias sempre parecem mais acertadas do que as alheias.
As soluções que o próprio coração alvitra costumam se afigurar mais justas do que as propostas pelos outros.
O outro é que deve entender, perdoar e ceder.
Contudo, esse gênero de expectativa não costuma ser atendido.
Se ninguém se dispuser a dar o primeiro passo rumo ao entendimento, um pequeno evento pode tomar proporções desastrosas.
Quanto a quem se esforçará mais e melhor pela paz, a maturidade espiritual dos envolvidos é que decide.
Em qualquer situação, vigora o princípio de que ninguém pode dar o que não tem.
O egoísta, vaidoso e arrogante não consegue exemplificar a humildade e facultar a concórdia.
O pervertido não possui condições íntimas de vivenciar a pureza. Tendo essa realidade em mente, procure analisar como você se comporta em situações de confronto.
Procura perdoar, compreender e auxiliar?
Ou se considera demasiado importante para abdicar de sua posição em favor da paz?
Não se trata de ganhar ou de perder, mas de aprender a respeitar opiniões diferentes.
Mesmo quando sua posição é visivelmente a melhor, há como lutar por ela sem ofender e humilhar.
Se você é cristão, seus deveres perante a humanidade são significativos.
Afinal, você precisa ser o sal da Terra e a luz do mundo.
Entre o cristão sincero e os erros do mundo trava-se há longo tempo um silencioso combate.
Só que esse combate não é sanguinolento, mas se estriba no exemplo e na compaixão.
Se o próximo é difícil, cabe-lhe conquistá-lo e gentilmente esclarecê-lo.
Quem está mais preparado para as renúncias que a harmonia social exige?
O descrente ou o idealista?
Ciente disso, torne-se um agente do bem.
Se a vida lhe oportuniza ser aquele que serve e luta pela paz, significa que você tem condições para tanto.
Não desperdice a oportunidade!

Redação do Momento Espírita.Em 11.05.2009.


O amor não seleciona

Era um casal sem filhos. Os anos se somavam e, por mais tentassem, a gravidez nunca se consumava.

Aderiram a sugestões e buscaram exames mais sofisticados que lhes apontaram, enfim, a total impossibilidade de um dia se tornarem pais dos próprios filhos.

Optaram pela adoção e se inscreveram em um programa do município, ficando à espera.

Certo dia, a notícia chegou inesperada pelo telefone: Temos uma criança. Vocês são os próximos da lista. Venham vê-la.

Rapidamente se deslocaram para o local. Pelo caminho se perguntavam: Como será o bebê? Louro? Cabelos castanhos? Miúdo? Olhos negros? Menino ou menina?

Tal fora a alegria na recepção da notícia, que se haviam esquecido de indagar de detalhes.

Vencida a distância, foram recepcionados pela assistente social que os levou ao berçário e apontou um dos bercinhos.

O que eles puderam ver era uma coisinha miúda embrulhada em um cobertor.

Mas a servidora pública esclareceu: Trata-se de um menino. É importante que vocês o desembrulhem e olhem.

Não sei o que acontece pois vários casais o vieram ver e não o levaram. Se vocês não o quiserem, chamaremos o casal seguinte da lista.

Marido e mulher se olharam, ele segurou a mão dela e falou: Querida, talvez a criança seja deficiente ou enferma. Pense, se fosse nosso filho, se o tivéssemos aguardado nove meses, se ele tivesse sido gerado em seu ventre, alimentado por nossas energias, o amaríamos, não importando como fosse.

Por isso, se Deus nos colocou em seu caminho, ele é para nós e o levaremos, certo?

A emoção tomou conta da jovem. Estreitaram-se num amplexo demorado.

É nosso filho, desde já. Foi a resposta.

A enfermeira lhes trouxe o pequeno embrulho. Era um menino de cor negra. A desnutrição esculpira naquele corpo frágil uma obra esquelética, com as miúdas costelas à mostra.

Levaram-no para casa. A primeira mamada foi emocionante. O garotinho sugou com sofreguidão. Pobre ser! Quanta fome passara. Talvez fosse a primeira vez que bebesse leite.

No transcorrer das semanas, o casal descobriu que o pequeno era um poço de enfermidades complicadas. Meses depois, foi a descoberta de uma deficiência mental.

Na medida em que mais problemas surgiam, mais o amavam.

Já se passaram cinco anos. O garoto, ao influxo do amor, venceu a desnutrição e as enfermidades.

Carrega a deficiência, mas aprendeu a falar, embora com dificuldade e todas as noites, quando se recolhe ao leito, enquanto os pais lhe ensinam a orar ao Senhor Jesus, em gratidão pelo dia vencido, ele abraça, espontâneo a um e outro e diz: Mamãe, papai, amo vocês.

Haverá na Terra recompensa maior do que a que se expressa na espontaneidade de um Espírito reconhecido na inocência da infância?

* * *

O filho deficiente necessita muito dos pais. Todo Espírito que chega ao nosso lar, com deficiência e limitação, necessita do nosso amor para que se recupere e supere a própria dificuldade.

O filho deficiente é sempre compromisso para a existência dos pais.

Amemos, pois, os nossos filhos, sejam eles joias raras de beleza e inteligência ou diamantes brutos, necessitados de lapidação para que se lhes descubra a riqueza oculta.

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