Contador de visitas

!-- Começo do código Contador de Visitas Para Blogs -->

Pesquisar este blog

FLORES

FLORES
FICA SEMPRE UM POUCO DE PERFUME NAS MÃO QUE OFERECEM ROSAS

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PERDENDO TEMPO!




Sempre há em nossas vidas aqueles momentos de reflexão mais profunda. Sempre haverá dias onde a alma se propõe a fazer um balanço da própria vida.
Algumas vezes isso se dá em dias de aniversário, onde a contagem de mais um ano propicia tal reflexão. Também nos ocorrerá algumas vezes no Reveillon, quando o rito da passagem de ano nos enseja muitas questões.
Outras vezes paramos para pensar sobre o tempo e a vida, e a vida que levamos, quando alguma perda mais intensa nos ocorre, como por exemplo, a desencarnação de um ente querido.
Inevitavelmente, os dias de balanço e análise da vida chegam. E devem chegar realmente, pois são extremamente oportunos.
Afinal, ninguém conseguirá o sucesso de uma longa empreitada sem fazer avaliações e análises periódicas, a fim de saber a quantas anda e por quais caminhos segue.
Toda análise irá provocar algumas reflexões em torno da tarefa. E será a boa reflexão que nos dirá se os caminhos e direções que estamos a percorrer são os melhores e os mais significativos.
A vida é rica em experiências por demais importantes para que percamos tempo, ou para que o tempo escoe vazio pelas nossas mãos.
Vivemos com o propósito do aprendizado, do aprender a ser, na desafiadora tarefa de construir em nossa intimidade o reino de Deus, na figura de linguagem tantas vezes utilizada por Jesus.
Desta forma, é claro perceber que a vida tem um significado muito importante para cada um de nós. E não devemos nos desviar desse significado.
São muitos os que nos perdemos na vida, buscando significado naquilo que nada significa.
Passamos incontáveis horas do dia e muitos anos da vida a juntar dinheiro, como sendo esse o verdadeiro significado.
Outros, desperdiçamos as horas abençoadas da vida fugindo de nós mesmos, pelos caminhos do álcool, das drogas químicas, dos relacionamentos sexuais vazios.
Por isso, a necessidade de vez por outra fazermos um balanço de nossa vida. Buscarmos entender onde e para que pulsa nosso coração.
Afinal, onde estiver nosso coração aí estarão nossos tesouros, lembra-nos Jesus. E será com esses tesouros que retornaremos à nossa verdadeira casa, o mundo espiritual.
Assim, quando esses momentos de reflexão nos surgirem, permitamo-nos fazer um balanço de nossa vida. Analisemos em que estamos utilizando as horas, em que estamos depositando nossa energia e esforço.
E será a resposta sincera dessa análise que nos dirá se as horas de nossa vida vêm sendo bem utilizadas ou apenas as estamos perdendo.
Percebamo-nos como um Espírito imortal que efetivamente somos, momentaneamente reencarnado.
Com essa perspectiva, mais fácil nos será a análise, a fim de descobrirmos se nossas horas vêm sendo bem empregadas, ou se esses são apenas dias de perda de tempo.

Redação do Momento Espírita.
Em 31.01.2011.

A AMIZADE REAL

Um homem que amontoara sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversas famílias a se manterem com dignidade.
Sentindo-se envelhecer, chamou o filho para instruí-lo na mesma estrada de bênçãos.
Para começar, pediu ao moço que fosse até o lar de um amigo de muitos anos, a quem destinava determinada quantia mensal.
O jovem viajou alguns quilômetros e encontrou a casa indicada. Esperava encontrar um casebre em ruínas mas o que viu foi uma casa modesta, mas confortável.
Flores alegravam o jardim e perfumavam o ambiente. O amigo de seu pai o recebeu com alegria. Depois de inteligente palestra, serviu-lhe um café gostoso.
Apresentou-lhe os filhos, que se envolviam num halo de saúde e contentamento.
Reparando a fartura, o portador regressou ao lar sem entregar o dinheiro.
Para quê? Aquele homem não era um pedinte. Não parecia ter problemas. E foi isso mesmo que disse ao velho pai, de retorno ao próprio lar.
O pai, contudo, depois de ouvir com calma, retirou mais dinheiro do cofre, dobrou a quantia e disse ao filho:
Você fez muito bem em retornar sem nada entregar. Não sabia que o meu amigo estava com tantos compromissos. Volte à residência dele e entregue-lhe esse valor, em meu nome. De agora em diante, é o que lhe destinarei.
A sua nova situação reclama recursos duplicados.
O rapaz relutou. Aquela pessoa não estava em posição miserável. Seu lar tinha tanto conforto quanto o deles.
Alegro-me em saber, falou o velho pai. Quem socorre o amigo apenas nos dias do infortúnio, pode exercer a piedade que humilha em vez do amor que santifica.
Quem espera o dia do sofrimento para prestar favor, poderá eventualmente encontrar silêncio e morte, perdendo a oportunidade de ser útil.
Não devemos esperar que o irmão de jornada se converta em mendigo a fim de socorrê-lo.
Isto representaria crueldade e dureza de nossa parte.
Todos podem consolar a miséria e partilhar aflições. Raros aprendem a acentuar a alegria dos seres amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e nem inveja no coração.
O amigo verdadeiro sabe fazer tudo isto. Volte pois e atenda ao meu conselho.
Nunca desejei improvisar necessitados em torno da nossa porta e sim criar companheiros para sempre.
Entendendo a preciosa lição, o rapaz foi e cumpriu tudo o que lhe havia determinado seu pai.
*   *   *
O verdadeiro amigo é aquele que sabe se alegrar com todas as conquistas.
Se ampara na hora da dor e da luta, também sabe sorrir e partilhar alegrias.
O amigo se faz presente nas datas significativas e deixa seu abraço como doação de si próprio ao outro.
Incentiva sempre. Sabe calar e falar no momento oportuno.
Pode estar muito distante, mas sua presença sempre perto.
O verdadeiro amigo é uma bênção dos céus aos seres na Terra.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 18, do livro Alvorada cristã, pelo Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 28.01.2011.

A CONTA DA VIDA!

Quando André completou vinte e um anos, sua mãe lhe preparou uma festa. Ele recebeu os amigos e festejou a data com alegria.
Quem estava entristecida era sua mãe. Apesar de estar completando a maioridade, André não aceitava qualquer disciplina.
Com muito esforço, sua mãe conseguira que ele aprendesse as primeiras letras. Depois, não quis mais estudar. Trabalhar muito menos.
Ao deitar-se naquela noite, o jovem foi arrebatado pelas asas do sono. Sonhou que era procurado por um Mensageiro Espiritual que trazia na mão um documento.
E, ante a curiosidade de André, lhe disse que aquela era a conta dos seres sacrificados até aquele momento, em seu proveito.
Até hoje, falou o Mensageiro, para te sustentar a existência morreram aproximadamente duas mil aves, dez bovinos, cincoenta suínos, vinte carneiros e três mil peixes diversos.
Nada menos de sessenta mil vidas do reino vegetal foram consumidas pela tua, incluindo-se as do arroz, milho, feijão, trigo, das várias raízes e legumes.
Em média, bebeste três mil litros de leite, gastaste sete mil ovos e comeste dez mil frutas.
Tens explorado fartamente as famílias do ar, das águas, do solo. O preço dos teus dias nas hortas e pomares vale por uma devastação.
E nem relacionamos aqui os sacrifícios maternos, os recursos de teu pai, os obséquios dos amigos e as atenções dos benfeitores que te rodeiam.
Em troca, o Senhor da vida manda te perguntar o que é que fizeste de útil.
Nada deste de retorno à natureza. Lembra-te de que a própria erva se encontra em serviço divino. Tudo é mensagem de serviço, de trabalho na natureza.
Olha para tua mãe. Os anos já lhe pesam e ela prossegue em intensa atividade por ti e por teus irmãos, encontrando ainda tempo para se dedicar aos filhos de ninguém.
Observa teu pai que atravessa os anos em labor digno, dando-te o exemplo de disciplina e vontade.
Teus próprios amigos se encontram empenhados no estudo e na dedicação profissional.
Não fiques ocioso. Produze algo de bom, marcando a tua passagem pela Terra.
O moço espantado passou a ver o desfile dos animais que havia devorado e acordou assustado.
Amanhecia. O sol de ouro cantava em toda parte um hino ao trabalho pacífico.
André pulou da cama, foi até sua mãe e exclamou:
Mãe, desejo retornar aos estudos ainda hoje.
*   *   *
Para nos assegurar a vida, Deus nos faculta o ar, o sol, a chuva, os ventos.
Para nos sustentar o corpo, recebemos o leite materno e na sequência, seres vegetais e animais são sacrificados todos os dias.
Com tanta preocupação de Deus pela nossa própria vida, é de indagarmos o que a nossa vida tão preciosa está oferecendo ao mundo em troca.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 17, do livro Alvorada cristã, pelo Espírito Néio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 28.01.2011.

NOSSA CASA




Um velho carpinteiro estava em vias de se aposentar. Chegou ao seu superior e informou a decisão. Os anos lhe pesavam muito e ele desejava uma vida mais calma.
Queria descansar um pouco, estar mais com a família, despreocupar-se de horários e rígidas disciplinas que o trabalho lhe impunha.
Porque fosse um excelente funcionário, seu chefe se entristeceu. Perderia um colaborador precioso.
Como última tarefa, antes de deixar seu posto de tantos anos, o chefe lhe pediu que construísse uma casa. Era um favor especial que ele pedia.
O carpinteiro consentiu. À medida que as paredes iam subindo, as peças sendo delineadas, o acabamento sendo feito, podia se perceber à distância que os pensamentos e o coração do servidor não estavam ali.
Ele não se empenhou no trabalho. Não se preocupou na seleção da matéria-prima, de forma que as portas, janelas e o teto apresentavam sérios defeitos.
Como também não teve cuidado com a mão de obra, a casa tomou um aspecto lamentável. Foi uma maneira bem  desagradável dele encerrar a sua carreira.
Surpresa maior foi quando o chefe veio inspecionar a obra terminada. Olhou e pareceu não ficar satisfeito. Aquele não era um trabalho do seu melhor carpinteiro.
No entanto, tomou as chaves da casa e as entregou ao carpinteiro.
Esta casa é sua. É meu presente para você, por tantos anos de dedicação em minha empresa.
Que choque! Que vergonha! Se ele soubesse que a casa seria sua, teria caprichado. Teria buscado os melhores materiais. O acabamento teria merecido atenção especial.
Mas agora ele iria morar naquela casa tão mal feita.
Assim acontece conosco. Construímos nossas vidas de maneira distraída e descuidada.
Esquecemos de levantar paredes sólidas de afeto que nos garantirão o abrigo na hora da adversidade. Não providenciamos teto seguro de honradez para os dias do infortúnio.
Não nos preocupamos com detalhes pequenos como gentileza, delicadeza, atenções que demonstrem interesse para com os demais.
Pensemos em nós como um carpinteiro. Pensemos em nossa casa. Cada dia martelamos um prego novo, colocamos uma armação, estendemos vigas, levantamos paredes.
Construamos com sabedoria nossa vida. Porque a nossa vida de hoje é o resultado das nossas atitudes e escolhas feitas no ontem. Tanto quanto nossa vida do amanhã será o resultado das atitudes e escolhas que fizermos hoje.
E se nos sentirmos falharem as forças, recordemos a advertência que se encontra no capítulo primeiro da epístola de Tiago,  versículo 5: Se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus. Ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.
*   *   *
Tudo que realizes, faze-o com alegria.
Coloca estrelas de esperança no céu de tua vida e alegra-te pela oportunidade evolutiva.
A alegria que é resultado de uma conduta digna, é geradora de saúde e bem-estar.
E toda alegria resulta de uma visão positiva da vida, que se enriquece de inestimáveis tesouros de paz interior.
O teu amanhã será de luz se hoje semeares bom ânimo, o bem e a amizade.

Redação do Momento Espírita, com base em conto da Gazeta cristã, ano III, de novembro de 1999 e no cap. 40, do livro Episódios diários, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 27.01.2011.

~ESGOTAMENTO NERVOSO

Um psiquiatra teve oportunidade de abordar a delicada questão da doença mental, mencionando alguns preconceitos das pessoas.
Afirmava ele, em bem elaborado artigo, que quase sempre quando a doença mental se apresenta, as pessoas falam que ela é produto de esgotamento nervoso.
E, como causa do tal esgotamento estariam todos os grandes esforços que o ser humano realiza.
Um exemplo clássico é o do personagem de Miguel de Cervantes, Dom Quixote, cujo desequilíbrio é atribuído aos seus muitos estudos.
Um outro motivo é o trabalho. Ora, diz o psiquiatra que a ciência médica nos aponta que nem o trabalho, nem o estudo são responsáveis por desgaste de nervos.
O que ocorre, sim, é que as pessoas têm conflitos interiores e, num processo de fuga, se entregam a estudos e trabalhos extenuantes.
Quando os desequilíbrios emocionais se apresentam, então culpam a um e outro como causas de seus sofrimentos.
Fosse o trabalho algo que pudesse desequilibrar o homem não o teria o Mestre Jesus recomendado, assinalando ainda que Ele e o Pai trabalhavam sem cessar.
Nas Suas pregações, Ele Se refere repetidas vezes aos trabalhadores. Fala dos trabalhadores da primeira e da última hora, dignos todos do salário.
Fala de semeadores, de guardadores de ovelhas. Discorre sobre o homem que trabalha no campo e encontra um tesouro. Da mulher que perde seu dinheiro e varre toda a casa, à sua procura.
E, para assinalar que a ociosidade é algo danoso, usa a figura da figueira estéril, que seca, por nada produzir.
Finalmente, Ele mesmo, às despedidas, na última ceia com os discípulos, toma de uma toalha, uma bacia com água e lava os pés dos Seus Apóstolos.
Fosse o estudo algo danoso e não o recomendariam os luminares do Senhor Jesus. Ele próprio afirmou que a verdade nos libertaria.
Como conhecer a verdade, senão nos submetendo a estudos?
Como venceria o homem a enfermidade se não se dobrasse sobre livros e microscópios, em exaustivas pesquisas?
Sem o estudo não teria alcançado as conquistas de se projetar para além da Terra e alcançar a Lua.
Não mandaria sondas para o espaço, não teria vencido a batalha contra pestes e enfermidades.
Fosse o estudo pernicioso e não teríamos tantos exemplos de homens e mulheres, ao longo da História que se dobraram aos anos, mantendo-se lúcidos e ativos. Graças aos seus profundos estudos, igualmente, todos nos beneficiamos.
Por isso, estudemos e trabalhemos, sem receios, naturalmente dentro dos limites de nossas possibilidades físicas e mentais.
Com certeza, isso nos deixará muito felizes, tanto quanto nos poderemos transformar em instrumento de felicidade para as pessoas que convivem conosco.
*   *   *
A poetisa mexicana Juana Inés de La Cruz, que viveu no século XVII, estudou música, teologia moral, medicina e astronomia.
Ela chegou a organizar uma biblioteca com quatro mil volumes.
E Vicente de Paulo, já passados seus sessenta anos, continuava a se levantar às cinco da manhã.  Ele orava, pregava e ensinava, mesmo depois de as pernas não mais lhe permitirem se locomover à vontade.
Ambos desencarnaram atuantes e lúcidos, servindo ao próximo.

Redação do Momento Espírita, com informações colhidas do artigo Esgotamento nervoso existe?, de Paulo de Tarso Monte Serrat, publicado no jornal Gazeta do povo, de 24.09.1999.
Em 26.01.2011.

A BUSCA DO AMOR!

Em plena juventude, como fruto verde que aguarda a primavera, esperei intensamente pelo amor.
Todas as manhãs, abria a janela de minha alma e esperava que o novo dia me trouxesse o amor.
E porque ele tardasse a chegar, fechei as portas e janelas, selei os portões e saí pelo mundo.
Andei por caminhos inúmeros e estradas solitárias. Por vezes, ouvia o cortejo do amor que passava ao longe. Corria e o que conseguia ver era somente corações em festa, risos de alegria. O amor passara e eu continuava só.
Algumas noites, chegando às cidades com suas mil luzes piscando vida, ousava olhar para dentro dos recintos. Via mães acalentando filhos, cantando doces canções de ninar; casais trocando juras; crianças dividindo brincadeiras entre risos e folguedos.
Em todos estava o amor. Somente eu prosseguia solitário e triste.
Depois de muito vagar, tendo enfrentado dezenas de invernos, resolvi retornar.
De longe, pude sentir o perfume dos lírios. Quando me aproximei, pude ver o jardim saudando-me.
Você voltou! - Falaram as rosas, dobrando as hastes à minha passagem.
Seja bem vindo! - Disseram as margaridas, agitando as corolas brancas.
É bom tê-lo de volta. - Saudaram os girassóis, mostrando suas coroas douradas.
Tanto tempo havia se passado e, de uma forma mágica, os jardins estavam impecáveis. As cores bem distribuídas formavam arabescos na paisagem.
Uma emoção me invadiu a alma. Abri as portas e janelas do meu ser. Debruçado à janela da velhice, fitando a ponte que me levará para além desta dimensão, o amor passa por minha porta.
Apressadamente, coloco flores de laranjeira na casa do meu coração. Atapeto o chão para que ele entre, iluminando a escuridão da minha soledade.
Tremo de ternura. Já não sofro desejo, nem aflição.
Os olhos felizes do amor fitam os meus olhos quase apagados, reacendendo neles a luz que volta a brilhar.
Há tanta beleza no amor que me emociono.
Superado o egoísmo, não lhe peço que entre e domine o meu coração rejuvenescido.
Em razão disso, agora que descubro de verdade o que é o amor, não o retenho. Deixo-o seguir porque amando, já não peço nada. Agora posso me doar aos que vêm atrás, em abandono e solidão.
Aprendi a amar.
*   *   *
Feliz é a criatura que descobriu que o melhor da vida é amar.
Feliz o que leu e entendeu o cântico do pobre de Assis: É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é melhor amar que ser amado.
Por ser de essência Divina, o amor supre na criatura todas as suas necessidades e a torna feliz, mesmo em meio às dificuldades, lutas e tristezas.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. LVII, do livro Estesia, pelo Espírito Rabindranath Tagore, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 25.01.2011.

LEVAR O AMOR

Que eu leve o amor... A mim, em primeiro lugar.

Que eu leve o amor para dentro de mim e que todo auto-ódio se converta em chance, em nova chance.

Que eu me dê novas chances... De amar de novo, de acertar de novo, de dar ao menos um pequeno passo adiante, afastando-me da estagnação.

Onde houver ódio em mim, que eu leve o amor; não esse amor de plástico, disfarçado de complacência, que mais me engana do que me enobrece.

Que seja um amor maduro, que proclama seguro: Eu sei quem sou! Eu sei quem quero ser!

* * *

Que eu leve o amor... À minha família.

Onde houver ódio em minha família, que eu leve o amor...

Que eu seja a luz, mesmo que pequenina, a iluminar a escuridão dos dias difíceis em meu lar.

Que eu leve o amor aos que sofrem em silêncio e não querem falar de suas mazelas. Que minhas preces e meu sorriso os guarde em paz...

Que eu leve o amor quando seja ofendido, maltratado, menosprezado, esquecido. Que eu lembre de oferecer a outra face do ensino do Cristo.

Que eu leve o amor quando meus filhos sejam ingratos. Que minha ternura não seque tão facilmente.

Que eu leve o amor quando meus pais não me compreendam e não sejam os pais que gostaria de ter.

Que minha compreensão desperte de seu sono e perceba que eles buscam acertar, que buscam dar o melhor de si, embora nem sempre tenham êxito.

São os pais que preciso. São os pais que me amam.

Que eu leve o amor quando o romance esfriar e algumas farpas de gelo me ferirem o coração.

São os espinhos da convivência. Não precisam se transformar em ódio se o amor assim desejar.

Que eu leve o amor... Aos meus inimigos.

Que eu leve o amor mesmo a quem não me tem amor.

Que eu respeite. Que eu compreenda. Que eu não me entregue ao ódio tão facilmente.

Que eu leve o amor aos que me querem mal, evitando aumentar seu ódio com meu revide, com minha altivez.

Que ore por eles. Que lhes peça perdão em prece, mesmo muitas vezes não recordando dos equívocos que macularam seus corações.

Que lhes mostre que ontem errei, mas que hoje estou diferente, renovado, disposto a reconstruir o que destruí.

Que eu leve o amor... A minha sociedade.

Que eu leve o amor aos que não conheço, mas que fazem parte de meu mundo.

Que eu aprenda a chamá-los todos de irmãos...

Que eu leve o amor ao mundo, perfumando a Terra com bons pensamentos, com otimismo, com alegria.

Que eu leve o amor aos viciados em más notícias, aos pessimistas, aos que já se entregaram à derrota.

Que meu amor os faça ver a beleza da vida, das Leis de Deus, do mundo em progresso gerido por Leis de amor maior.

Que eu leve o amor aos carentes, do corpo e da alma. Que meu sorriso seja a lembrança de que ainda há tempo para mudar, para transformar.

Sou agente transformador. Sou agente iluminador. Sou instrumento da paz no mundo.

Que eu leve o amor...

Redação do Momento Espírita.
Em 10.05.2010.

RAZÕES DO MEU VIVER!

RAZÕES DO MEU VIVER!
REENCARNAÇÃO UMA QUESTÃO DE JUSTIÇA

MUITO OBRIGADA

MUITO OBRIGADA POR VOCÊ VIR ATÉ AQUI E EU PODER COMPARTILHAR COM VOCE UM POUCO DO MEU DIA À DIA!
Quem tem condições

O perfeito entendimento entre as criaturas ainda é raro no mundo.
Os laços de genuína afinidade são tesouros preciosos, a serem carinhosamente mantidos.
Entretanto, não é possível conviver apenas com quem partilha das mesmas ideias.
Nos mais variados setores da existência, os atritos por vezes surgem.
No recesso do lar, irmãos nem sempre se entendem. Pais e filhos têm ideais diferentes.
Esposos frequentemente não encontram um denominador comum na condução dos destinos da família.
No setor profissional, também há criaturas com as quais o relacionamento é trabalhoso e difícil. Nessas horas críticas é que se revela o valor individual.
O primeiro impulso é o de esperar ser compreendido.
As próprias ideias sempre parecem mais acertadas do que as alheias.
As soluções que o próprio coração alvitra costumam se afigurar mais justas do que as propostas pelos outros.
O outro é que deve entender, perdoar e ceder.
Contudo, esse gênero de expectativa não costuma ser atendido.
Se ninguém se dispuser a dar o primeiro passo rumo ao entendimento, um pequeno evento pode tomar proporções desastrosas.
Quanto a quem se esforçará mais e melhor pela paz, a maturidade espiritual dos envolvidos é que decide.
Em qualquer situação, vigora o princípio de que ninguém pode dar o que não tem.
O egoísta, vaidoso e arrogante não consegue exemplificar a humildade e facultar a concórdia.
O pervertido não possui condições íntimas de vivenciar a pureza. Tendo essa realidade em mente, procure analisar como você se comporta em situações de confronto.
Procura perdoar, compreender e auxiliar?
Ou se considera demasiado importante para abdicar de sua posição em favor da paz?
Não se trata de ganhar ou de perder, mas de aprender a respeitar opiniões diferentes.
Mesmo quando sua posição é visivelmente a melhor, há como lutar por ela sem ofender e humilhar.
Se você é cristão, seus deveres perante a humanidade são significativos.
Afinal, você precisa ser o sal da Terra e a luz do mundo.
Entre o cristão sincero e os erros do mundo trava-se há longo tempo um silencioso combate.
Só que esse combate não é sanguinolento, mas se estriba no exemplo e na compaixão.
Se o próximo é difícil, cabe-lhe conquistá-lo e gentilmente esclarecê-lo.
Quem está mais preparado para as renúncias que a harmonia social exige?
O descrente ou o idealista?
Ciente disso, torne-se um agente do bem.
Se a vida lhe oportuniza ser aquele que serve e luta pela paz, significa que você tem condições para tanto.
Não desperdice a oportunidade!

Redação do Momento Espírita.Em 11.05.2009.


O amor não seleciona

Era um casal sem filhos. Os anos se somavam e, por mais tentassem, a gravidez nunca se consumava.

Aderiram a sugestões e buscaram exames mais sofisticados que lhes apontaram, enfim, a total impossibilidade de um dia se tornarem pais dos próprios filhos.

Optaram pela adoção e se inscreveram em um programa do município, ficando à espera.

Certo dia, a notícia chegou inesperada pelo telefone: Temos uma criança. Vocês são os próximos da lista. Venham vê-la.

Rapidamente se deslocaram para o local. Pelo caminho se perguntavam: Como será o bebê? Louro? Cabelos castanhos? Miúdo? Olhos negros? Menino ou menina?

Tal fora a alegria na recepção da notícia, que se haviam esquecido de indagar de detalhes.

Vencida a distância, foram recepcionados pela assistente social que os levou ao berçário e apontou um dos bercinhos.

O que eles puderam ver era uma coisinha miúda embrulhada em um cobertor.

Mas a servidora pública esclareceu: Trata-se de um menino. É importante que vocês o desembrulhem e olhem.

Não sei o que acontece pois vários casais o vieram ver e não o levaram. Se vocês não o quiserem, chamaremos o casal seguinte da lista.

Marido e mulher se olharam, ele segurou a mão dela e falou: Querida, talvez a criança seja deficiente ou enferma. Pense, se fosse nosso filho, se o tivéssemos aguardado nove meses, se ele tivesse sido gerado em seu ventre, alimentado por nossas energias, o amaríamos, não importando como fosse.

Por isso, se Deus nos colocou em seu caminho, ele é para nós e o levaremos, certo?

A emoção tomou conta da jovem. Estreitaram-se num amplexo demorado.

É nosso filho, desde já. Foi a resposta.

A enfermeira lhes trouxe o pequeno embrulho. Era um menino de cor negra. A desnutrição esculpira naquele corpo frágil uma obra esquelética, com as miúdas costelas à mostra.

Levaram-no para casa. A primeira mamada foi emocionante. O garotinho sugou com sofreguidão. Pobre ser! Quanta fome passara. Talvez fosse a primeira vez que bebesse leite.

No transcorrer das semanas, o casal descobriu que o pequeno era um poço de enfermidades complicadas. Meses depois, foi a descoberta de uma deficiência mental.

Na medida em que mais problemas surgiam, mais o amavam.

Já se passaram cinco anos. O garoto, ao influxo do amor, venceu a desnutrição e as enfermidades.

Carrega a deficiência, mas aprendeu a falar, embora com dificuldade e todas as noites, quando se recolhe ao leito, enquanto os pais lhe ensinam a orar ao Senhor Jesus, em gratidão pelo dia vencido, ele abraça, espontâneo a um e outro e diz: Mamãe, papai, amo vocês.

Haverá na Terra recompensa maior do que a que se expressa na espontaneidade de um Espírito reconhecido na inocência da infância?

* * *

O filho deficiente necessita muito dos pais. Todo Espírito que chega ao nosso lar, com deficiência e limitação, necessita do nosso amor para que se recupere e supere a própria dificuldade.

O filho deficiente é sempre compromisso para a existência dos pais.

Amemos, pois, os nossos filhos, sejam eles joias raras de beleza e inteligência ou diamantes brutos, necessitados de lapidação para que se lhes descubra a riqueza oculta.

Minha lista de blogs